Manipulando o Colesterol para Maximizar o Ganho de Massa Muscular



Vince Gironda, o Guru de Ferro (The Iron Guru), costumava recomendar a ingestão de 3 dúzias de ovos por dia para maximizar o ganho de massa muscular. O seu raciocínio era de que uma dieta alta em colesterol poderia ativar um efeito anabólico natural.

Ronnie Coleman eu seu último vídeo, Relentless, está tomando uma droga para baixar o colesterol. Contudo, há boatos de que estas drogas são catabólicas para os músculos.

Estes dois comportamentos parecem ser contraditórios!

- É melhor o colesterol baixo ou alto, para a construção de massa muscular ?
- Porque alguém usaria uma droga que faz o indivíduo perder massa muscular ?

Uma nova pesquisa reconcilia este paradoxo revelando que a manipulação correta de colesterol pode maximizar o ganho de massa muscular:

O Impacto de um treino intenso sobre os níveis de colesterol

Se um treino com pesos moderado parece não afetar os níveis de colesterol, um treino pesado vai definitivamente induzir uma redução drástica nos níveis de colesterol dentro de 2 horas.(1). Esta queda no colesterol pode durar vários dias. Isto acontece devido à uma absorção acelerada de colesterol pelo músculo esquelético. Isto revela que as nossas fibras necessitam de mais colesterol para se recuperar e crescer.

Considerando o impacto positivo do colesterol no crescimento muscular(veja abaixo), pode ser uma boa idéia incluir comidas ricas em colesterol em sua dieta, como por exemplo: colocar ovos com a gema na sua refeição pós-treino. A estratégia é assegurar que os músculos terão todo o colesterol que precisam, prevenindo qualquer queda nos níveis e conseqüentemente um atraso na recuperação muscular.

Consumo de Colesterol e Crescimento Muscular

Riechman estudou o impacto do colesterol no treinamento para hipertrofia(2). Este estudou foi conduzido em idosos, porém as suas descobertas são válidas também para pessoas jovens:

Por 12 semanas, estas pessoas fizeram treinamento com pesos. Quando o consumo de colesterol foi inferior a 3.5mg por kg de massa magra, nenhuma hipertrofia foi detectada e a força aumentou apenas 36%. Quando o consumo de colesterol dessas pessoas foi superior a 5.7mg/kg, o aumento de massa muscular teve uma média de 2.1kg. Pessoas que consumiram altas doses de colesterol tiveram um aumento na força de até 86%.

Crescimento muscular e ganhos de força estão quase ligados ao consumo de colesterol. Considerando que um ovo inteiro contem por volta de 200mg de colesterol, um fisiculturista com 100kg necessitaria de 3 ovos inteiros por dia.

Níveis de colesterol no sangue e Crescimento Muscular

Pessoas com o colesterol inferior à 178 mg/dl tiveram ganhos sutis de massa.(+300g de massa magra). Quando o colesterol se encontrou acima de 238 mg/dl, o ganho de massa aumentou em uma média de 2.3kg. A correlação entre o colesterol e ganhos de força é um pouco inferior ao ganho de massa. Pessoas com baixo colesterol tiveram um ganho de 37% de força, contra 70% das pessoas com colesterol alto.

Construção muscular está positivamente correlacionado aos níveis de colesterol no sangue.

Drogas para diminuir o cholesterol e Crescimento Muscular

Estatinas são uma classe de drogas prescrevidas para abaixar o nível de colesterol na corrente sanguínea. Esta classe inclui lovastatina (Mevacor), simvastatina (Zocor), fluvastatina (Lescol), pravastatina (Pravachol), rosuvastatina (Crestor) e atorvastatina (Lipitor). O mecanismo pelo qual as estatinas usam para baixar o colesterol é o bloqueio a enzima do fígado 3-hidroxi-3-metil-glutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase, que é responsável pela produção de colesterol no corpo. Estas drogas diminuem a quantidade total de colesterol no sangue, tanto HDL como LDL.

* lipoproteínas de baixa densidade (Low Density Lipoproteins ou LDL): acredita-se que são a classe maléfica ao ser humano, por serem capazes de transportar o colesterol do fígado até as células de vários outros tecidos. Nos últimos anos, o termo (de certa forma impreciso) “colesterol ruim” ou “colesterol mau” tem sido usado para referir ao LDL que, de acordo com a hipótese de Rudolf Virchow, acredita-se ter ações danosas (formação de placas arteroscleróticas nos vasos sanguíneos).

* lipoproteínas de alta densidade (High Density Lipoproteins ou HDL): acredita-se que são capazes de absorver os cristais de colesterol, que começam a ser depositados nas paredes arteriais (retardando o processo arterosclerótico). Tem sido usado o termo “colesterol bom” para referir ao HDL, que se acredita que tem ações benéficas.

O consumo e os níveis de colesterol no sangue representam duas variáveis que afetam a hipertrofia. Pessoas que responderam melhor ao treinamento com peso foram aquelas com dieta alta em colesterol, com níveis altos de colesterol no sangue e que usaram drogas anti-colesterol. Estas drogas aumentaram os ganhos de massa pois são associados à mialgia, fraqueza e perda de massa muscular em pessoas sedentárias.

Drogas da classe estatina aceleram a hipertrofia muscular. Quanto mais treinamos mais as nossas fibras ficam resistentes. O que torna extremamente difícil danificá-las o suficiente para forçar crescimento. Deixando nossas fibras mais frágeis, as estatinas permitem que cada repetições seja mais destrutiva para os nossos músculos. Como os nossos músculos não conseguirão fortalecer as fibras, eles não terão escolha a não ser crescer.

Esteróides Anabolizantes e Colesterol

Esteróides anabolizantes podem diminuir ou aumentar os níveis de colesterol no sangue, dependo da escolha das drogas e a resposta da pessoa à droga. Por exemplo, esteróides orais 17AA, são conhecidos por causar uma redução indesejada no HDL. Uma redução severa no HDL é ruim por 2 motivos:

- Colesterol é necessário para a construção muscular. É extremamente difícil elevar a produção do colesterol ao seu nível normal, mesmo descontinuando o uso de tais esteróides.
- Um aumento seria um cenário muito melhor, pois mais colesterol estaria disponível para o crescimento muscular.

Em conclusão:

- Em relação a hipertrofia muscular. É uma boa idéia seguir uma dieta com colesterol alto. (Pelo menos 3 ovos inteiros por dia).
- Principalmente se você treina de forma intensa.
- Tenha cuidado com dietas de baixa caloria, pois geralmente os níveis de colesterol caem neste período.
- Os níveis de colesterol tendem a cair no verão, então tenha cuidado durante este período também.
- Ovos inteiros são muito bem vindos na refeição após o treino.
- Usuários de Esteróides Anabolizantes com os níveis muito alto de colesterol devem consultar um médico e podem considerar o uso de drogas estatinas para crescerem ainda mais.
- Usuários de Esteróides Anabolizantes devem monitorar atentamente os seus níveis de colesterol, pois a queda pode diminuir o ganho de massa muscular.

Referências:
1. Riechman SE. Dietary Cholesterol Alters Recovery from Eccentric Muscle Damage in Humans. Medicine & Science in Sports & Exercise: Volume 38(5) Supplement May 2006 p S386
2. Riechman SE. Dietary and blood cholesterol and statins increase hypertrophy with resistance training. FASEB J. 2005 19 A1571
3. Urso ML. Changes in ubiquitin proteasome pathway gene expression in skeletal muscle with exercise and statins. Arterioscler Thromb Vasc Biol. 2005 Dec;25(12):2441-4.
Sites:
http://www.mesomorphosis.com/articles/dharkam/cholesterol-and-muscle-growth.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Colesterol

Alexey Lesukov - Atleta Novo



O ano de 2008 foi especialmente importante na carreira do jovem russo Alexey Lesukov. Este novato atleta ganhou notoriedade, uma quantidade enorme de fãs por todo o mundo, e muitos kilos a mais de músculos, que impressionaram todos os amantes e seguidores do esporte. A expectativa é que ele cresca ainda mais agora em 2009,
Confira algumas fotos do atleta em 2008!


Apenas com 19 anos de idade, o atleta mostra muito talento e futuro no esporte!







Pré-Exaustão - Treinamento Hipertrofia



Elke Oliveira
http://www.gease.pro.br

A pré-exaustão é um dos métodos mais antigos do treinamento de força. Sua execução consiste em realizar dois exercícios consecutivos, sendo o primeiro de isolamento (uniarticular) e o outro composto (multi-articular), ambos envolvendo um grupamento muscular em comum, como, por exemplo, realizar uma série de crucifico e logo depois uma de supino. Acredita-se que o exercício de isolamento executado antes enfatizaria o motor primário durante o exercício composto, pois a musculatura já se contraria pré-fadigada. No caso do exemplo acima o peitoral.

Bacurau et al (2001) explicam que o trabalho isolado no primeiro exercício diminui a interferência dos demais músculos atuantes no movimento seguinte (multi-articular). Entretanto, há autores que defendem uma explicação oposta. Para Fleck & Kraemer (2004) e Gentil (2005) a execução de exercícios que envolvem pequenos grupamentos musculares antes dos grandes grupamentos, reduziria a ativação dos músculos exercitados no primeiro exercício devido à fadiga, conseqüentemente, favorecendo o trabalho dos demais.

Em estudo publicado por Augustsson et al (2003), foram analisados os efeitos da pré-exaustão nos músculos da coxa, induzida através da realização do exercício de extensão de pernas antes do pressão de pernas. De acordo com os resultados, a execução da mesa extensora promoveu queda na ativação dos músculos do quadríceps femoral durante o pressão de pernas, sugerindo que as alterações podem ter sido direcionadas para outros músculos que não foram avaliados, como isquiotibiais, adutores e flexores plantares.

Um outro estudo publicado nos anais do XI Congresso Brasileiro de Biomecânica, Paulo Gentil, Elke Oliveira, Valdinar Júnior e Jake do Carmo (2005) avaliaram, através de eletromiografia, o uso da pré-exaustão para trabalhar a musculatura do tronco e dos membros superiores, procurando verificar a influência da realização do crucifixo antes da execução do supino reto. O experimento analisou a ativação do peitoral maior, deltóide anterior e do tríceps braquial, e as comparou com as ativações obtidas no sistema prioritário, que utiliza a ordem inversa de execução, primeiro o supino reto seguido do crucifixo.Os resultados demonstraram um aumento significativo na atividade eletromiográfica do tríceps braquial durante o supino reto na pré-exaustão, quando comparado ao sistema prioritário. Nenhuma diferença significativa foi encontrada na atividade eletromiográfica do deltóide anterior e peitoral maior durante o supino reto na pré-exaustão e no sistema prioritário, apesar de uma ligeira queda na atividade do peitoral maior. Assim, os autores concluíram que o uso de um exercício uniarticular imediatamente antes de um exercício multi-articular não leva a um aumento da atividade da musculatura trabalhada no primeiro exercício, mas sim a uma alteração do padrão motor, direcionando o trabalho para os músculos menos fadigados.

É importante ressaltar que o estudo citado acima não coloca em pauta a eficiência do método pré-exaustão com relação aos ganhos de força e/ou hipertrofia muscular e sim demonstra que em exercícios multi-articulares, quando a musculatura primária começa a fadigar o trabalho muscular é redirecionado para os músculos acessórios.

O método pré-exaustão pode servir como uma forma de favorecer um estímulo diferenciado, promovendo um estresse superior ao fornecido com a utilização de apenas um exercício. Outro ponto, é que apesar do recrutamento de unidades motoras ficar reduzido em termos absolutos, esse número pode permanecer elevado em termos relativos, em relação à capacidade do músculo em seu estado momentâneo de fadiga (Gentil et al, 2005).

Disponível em: http://www.gease.pro.br

Referências bibliográficas

1. Augustsson J, Thomee R, Hornstedt P, Lindblom J, Karlsson J, Grimby G. Effect of pre-exhaustion exercise on lower-extremity muscle activation during a leg press exercise. J. Strength and Cond. Res. 17(2):411-6, 2003
2. Bacurau FR, Navarro F, Uchida MC, Rosa LFBPC. Hipertrofia: Hiperplasia: Fisiologia, Nutrição e Treinamento do Crescimento Muscular. São Paulo: Phorte Editora, 2001.
3. Fleck SJ, Kraemer WJ. Designing Resistance Trainig Programs. 3rd ed. Champaing, IL: Human Kinetics, 2004.
4. Gentil, P. Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia. Rio de Janeiro: Sprint, 2005.
5. Gentil P, Oliveira E, Rocha Jr. VA, Carmo J. Atividade EMG durante o método de Pré-Exaustão e Sistema Prioritário. In: Anais do X Congresso Brasileiro de Biomecânica, 2005, João Pessoa.

O abdome



A Parede Abdominal é feita de dois grupos musculares. O primeiro é formado por três músculos laminares: o Oblíquo Externo, Oblíquo Interno e o Transverso, que se superpõem na parede ântero-lateral do tórax, com as fibras orientadas no sentido oposto ou pelo menos diferente.

O segundo grupo de músculos é feito pelo Reto do Abdominal e pelo Piramidal que ficam no plano mediano. O Reto Abdominal é um músculo longo e reto que ocupa toda a região abdominal. Ele ajuda a comprimir o conteúdo (vísceras) do abdome e ainda a parede abdominal. O músculo Oblíquo Externo está localizado no lado e na frente do abdômen e é o mais largo músculo da região. O Oblíquo Externo e Interno fazem movimentos de rotação e inclinação da coluna vertebral e ajudam a trazer os ombros para frente. Juntos fazem a compressão dos componentes do abdome, ajudando no processo digestivo. Todos estes músculos estão localizados no centro do corpo humano e têm sido também centro de atenção por parte dos "puxadores de ferro" e como referencial de boa saúde.

Não importa se você tem um abdome cortado ou parece estar saindo de uma gravidez constante, o importante é entender o papel que o abdome exerce no seu corpo. O abdome é o responsável pela saúde de seus membros superiores e tórax. Eles lhe proporcionam boa postura e ainda ajudam no processo digestivo, respiração, parto e vômito.

Enquanto está sentado em seu computador lendo este texto, seu abdome está lhe ajudando a manter uma boa postura na cadeira. São os músculos abdominais que fazem total suporte para sustentar a região lombar de sua coluna, evitando estresse. Caso esteja com seu abdome fraco, fatalmente terá tendência a cair pra frente gerando um estresse muito grande na região lombar. Quando fortalecemos nossos músculos abdominais estamos protegendo automaticamente nossa coluna, aumentando a flexibilidade, a força nas costas e a boa postura.

Existem muitas concepções erradas a respeito do abdome e como desenvolvê-lo. Veja abaixo:

Você vai precisar de equipamento especial para treiná-lo.

Se você vê televisão provavelmente já viu comerciais prometendo produtos milagrosos que vão deixar seu abdome como um "tanque de lavar roupa". Na verdade, estes aparelhos exercitam mais seus quadris que seu abdome e fazem com que utilize sua impulsão sem atingir o verdadeiro objetivo. O fato é que o melhor abdominal pode ser feito mesmo sem maquinários. Tudo que vai precisar é um solo liso.

O melhor abdominal é aquele do tipo militar, quando deitamos e colocamos os braços atrás da cabeça e as pernas juntas a frente e com um impulso levantamos e grupamos o corpo assentado, abraçando joelhos.

Estes abdominais não são os melhores porque trabalham mais os flexores de quadril que os músculos abdominais. Na verdade a impulsão faz roubar a força que colocaria na flexão de tronco (abdome) para trazer os joelhos em direção ao peito. Ao tirarmos os ombros do chão, quem faz o trabalho para levantar são os quadris e os músculos da região lombar, que completam o trabalho. Além disso, as pessoas costumam colocar muito estresse desnecessário no pescoço ao colocar as mãos atrás do pescoço.Fazendo abdominais vamos remover a gordura da barriga.

Abdominais não vão remover a gordura da barriga.

Os abdominais vão ajudá-lo a fortalecer e hipertrofiar os músculos do abdome. Para conseguir retirar a camada de gordura que cobre o abdome você vai precisar de uma alimentação hipocalórica, afim de aumentar o seu déficit calórico diário e fazer com que o corpo queime as suas reservas de gordura. Adicionando uma atividade aeróbica (a qual utiliza como prioridade de fonte energética a gordura) você estará contribuindo para este déficit também. Lembrando que nao há nenhuma possibilidade de se perder gordura apenas na barriga, a gordura é queimada de maneira integral (em todo o corpo, e nao em partes distintas), nao importa o que você faça.

Devo exercitar os músculos abdominais superiores e inferiores separadamente?

O abdome, apesar das pessoas acharem que é um grupo de vários músculos na mesma região, trata-se apenas de um grande músculo que tem sua origem na crista púbica (pélvis) e inserção nas cartilagens costais das costelas 5 e 7. Assim, os exercícios abdominais que envolvem flexão de tronco trabalham toda a extensão da musculatura da barriga, do final do tórax à pelve. Não sendo possível trabalhar partes separadamente. Mas, além do abdômen podem ser trabalhados músculos adjacentes que estão também nesta região como o oblíquo externo e interno.

Ou seja, não e necessário fazer milhares e milhares de tipos de abdominais para que eles se desenvolvam. O abdome é um músculo como qualquer outro e deve ser treinado da mesma maneira. Dois exercícios, de uma a duas vezes na semana são mais que suficientes para hipertrofiá-lo. 4 séries de 15-20 repetições, com sobrecarga de peso. Dois exercícios bem eficientes são os abdominais na polia alta e os abdominais em banco ou solo. Você pode aumentar a intensidade deste último segurando um halter atrás da cabeça.

Obviamente, para que o “tanque” seja visível, é necessário remover a gordura que o cobre, como dito acima. Além disso, não é possível construir um bom tronco (costas/peito) sem um abdome forte. Portanto, deixe de preguiça e faça seus abdominais!!

Fonte: http://www.dominiounderground.com.br

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