NUTRIÇÃO – A DIETA METABÓLICA


O bodybuilder André Victor montou um resumo legal sobre a dieta Metabólica. Vamos conhecer o principal desta dieta.

Desenvolvida por Mauro Di Pasquale, a Dieta Metabólica visa uma mudança do metabolismo para que sejam usadas as gorduras como fonte primária de energia, em vez dos carboidratos como acontece normalmente. Essa transição de metabolismo é feita através de uma fase inicial de 12 dias com baixíssimo teor de carboidrato, alta proteína e alta gordura. Depois desses 12 dias iniciais, com o corpo já adaptado com a gordura como combustível primário, entra a fase cíclica da dieta, em que haverá os dias de baixo carboidrato (normalmente de segunda a sexta, 5 dias) com os dias de carga de carboidrato (normalmente sábado e domingo, 48h no máximo).

A principal vantagem apontada pelo autor é de fator hormonal: “Diferentemente da dieta rica em carboidratos, que pode agir contra a produção dos hormônios de crescimento do sistema corporal, a Dieta Metabólica aumenta a produção e utilização dos quatro grandes produtores de crescimento – testosterona, hormônio do crescimento, fator de crescimento I (IGF-I) e insulina -, naturalmente.” (Solução Anabólica para Fisiculturistas, pág. 17).

Bases práticas da dieta:

FASE INICIAL – 12 DIAS
Carboidrato: Máximo 30g
Proteína: 30% a 40%
Gordura: 50% a 60%

Nessa fase o autor sugere que seja consumida exatamente a quantidade de calorias diárias que está acostumado. O objetivo desta fase inicial é a transição do metabolismo para que deixe de usar os carboidratos como combustível primário e passe a usar as gorduras. Uma redução ou aumento na quantidade de calorias totais deve ser feita após os 12 dias, com o metabolismo já adaptado.

Esta fase inicial, chamado pelo autor de “fase rígida ou de embasamento”, pode durar mais do que 12 dias dependendo da pessoa, em casos específicos. Esta fase é uma fase de teste para observar e sentir como seu organismo funciona com a privação quase total de carboidratos. Baseado nessa observação é que posteriormente irá fazer alguns ajustes na dieta para o organismo de cada um, o que dá um caráter flexível à dieta , seguindo a idéia de que cada organismo tem suas particularidades.

O principal critério nessa observação é a sua disposição e energia durante a privação de carboidrato: algumas pessoas sentem muita fadiga e irritação, enquanto outras sentem-se muito bem dispostas. Depois tudo isso poderá ser ajustado, de acordo com o autor. Sugere-se começar esta fase inicial na segunda-feira, para que ela tenha o 12º dia na sexta-feira da outra semana, e então pode-se iniciar a primeira carga de carboidratos no sábado e domingo.

FIM DE SEMANA – CARGA DE CARBOIDRATO

Carboidrato: 35% a 55%
Proteínas: 15% a 30%
Gorduras: 25% a 40%

O que você estará fazendo agora é basicamente aumentar os níveis de insulina e repor as reservas de glicogênio. Sugere-se cuidado com o apetite no fim de semana para não exagerar: lembre-se que o balanço calórico é a base de toda dieta.

Nessa dieta sugere-se trabalhar com calorias semanais ao invés de calorias diárias, e não comer exatamente a mesma quantidade de calorias por dia, para sempre dar estímulos diferentes ao metabolismo e pegar o organismo “de surpresa”.

Na verdade, a carga de carboidrato varia de 12h a 48h, depende da pessoa, e cada um deve achar o que funciona melhor para si. Mais do que 48h já pode comprometer a transição metabólica conquistada, fazendo com que o organismo volte a queimar carboidratos e não gorduras como fonte primária de energia.

O CICLO 5-2

Após a fase inicial de 12 dias e a primeira carga de carboidratos no fim de semana, começa o ciclo 5-2: 5 dias de baixo carboidrato e 2 dias de alto carboidrato. Os 5 dias de baixo carboidrato são iguais à fase inicial, e os 2 dias de alto carboidratos é como está descrito acima (carga de carboidratos).

Aqui você já pode fazer mudanças nas calorias de acordo com seu objetivo (perda de gordura ou ganho de massa magra). E se necessário pode também fazer alguns ajustes na dieta.

AJUSTES

Cada pessoa reagirá de uma forma particular à privação de carboidratos. Dependendo da sua energia e disposição, você facilmente perceberá se seu corpo se adaptou bem ou não. Quem sente fraqueza, fadiga e pouca energia nos treinos, pode e deve fazer ajustes. São ajustes específicos e que devem ser consultados nos livros do autor, não irei detalhar aqui.

Mas basicamente nem todas as pessoas se acostumarão com apenas 30g de carboidrato durante a semana. Para muitas pessoas fica mais confortável chegar a uns 100g de carboidrato durante a semana, ou mesmo fazer uma carga de carboidrato na quarta-feira, ainda assim mantendo-se dentro da Dieta Metabólica.

Ou seja, é uma dieta flexível neste aspecto, que dá uma certa abrangência para cada um achar o que o autor chama de “limiar metabólico”, ou seja, a quantidade ideal de carboidrato para cada um (mas sempre será um teor baixo de carboidratos, isso é fato).

Da mesma forma, alguns não se sentirão bem com 48h de alto carboidrato no fim de semana, e irão preferir 12h a 24h apenas, fazendo o esquema 6-1 e não o 5-2. Entretanto, todos esses ajustes devem ser feitos da forma correta segundo o autor, para manter a vantagem metabólica: queimar sempre gorduras em vez de carboidratos como primeira opção energética do organismo. Para esses detalhes, ler “A Solução Anabólica para Fisiculturistas”, de Mauro Di Pasquale. Existe também o livro “Dieta Metabólica” do mesmo autor.

FONTE 1:
“A Solução Anabólica para Fisiculturistas”, de Mauro Di Pasquale.
FONTE 2: http://musclemassablog.site.br.com/

RESUMO POR: Bodybuilder André Victor

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